Juros do empréstimo pessoal e do cheque especial sobem pelo 3º mês; veja taxas
As taxas médias de juros do empréstimo pessoal e cheque especial subiram em julho pela terceira vez consecutiva, segundo a pesquisa mensal de taxas de juros do Procon-SP.
Três instituições elevaram suas taxas no empréstimo pessoal e quatro, no cheque especial.
No empréstimo pessoal, a taxa média praticada pelos bancos pesquisados foi de 5,42% ao mês, um acréscimo de 0,14 ponto percentual acima de junho, cuja taxa foi de 5,28%.
No empréstimo pessoal, elevaram as taxas os seguintes bancos: Banco do Brasil (alterou de 4,68% para 5,28%, elevação de 0,60 ponto percentual); o Bradesco (de 5,40% para 5,46%, acréscimo de 0,06 ponto percentual) e HSBC (de 4,83% para 4,87%, o que significa um acréscimo de 0,04 ponto percentual).
Os demais bancos mantiveram suas taxas de empréstimo pessoal em: Caixa Econômica Federal (4,78%), Itaú (5,86%), Real (5,63%), Safra (5,40%), Santander (5,63%), Unibanco (5,86%).
No cheque especial, a taxa média dos bancos pesquisados foi de 9,06%, superior à do mês anterior, que foi de 8,90% --um acréscimo de 0,16 ponto percentual.
As altas verificadas nas taxas de cheque especial foram: Banco do Brasil (alterou de 7,69% para 7,75%, alta de 0,06 ponto percentual); Bradesco (de 8,30% para 8,36%, um acréscimo de 0,06 ponto percentual); Banco Itaú (de 8,59% para 8,65%, elevação de 0,06 ponto percentual); Unibanco (de 8,59% para 8,65%, alta de 0,06 ponto percentual).
Os demais bancos mantiveram suas taxas de cheque especial em:
Caixa Econômica Federal (7,15%), HSBC (9,36%),Real (9,66%), Safra (12,30%) e Santander (9,66%).
NOSSA CAIXA
Segundo o Procon-SP, a elevação das taxas médias neste mês, bastante superior - em pontos percentuais à dos meses anteriores, não se deve apenas à contribuição individual dos bancos, mas notadamente à saída do Banco Nossa Caixa, principal responsável pelas menores taxas da amostra até então.
A partir de julho, o Banco Nossa Caixa não integra mais a amostra da pesquisa, pois suas agências foram incorporadas pelo Banco do Brasil no último dia 25 de junho.
A pesquisa, feita em 5 de julho, envolveu as seguintes instituições financeiras: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Real, Safra, Santander e Unibanco.
BANCO CENTRAL
Na quarta reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), deste ano, deste ano (ocorrida nos dias 8 e 9 de junho), decidiu elevar a taxa Selic em 0,75 ponto percentual, passando de 9,50% para 10,25% ao ano. A taxa Selic voltou à casa dos dois dígitos, confirmando as previsões dos especialistas do setor e reforçando a perspectiva de novos aumentos até o fim do ano.
Mais uma vez o temor de um descompasso entre a oferta e a demanda fez com que as autoridades monetárias decidissem pela elevação da taxa básica da economia. Para o Copom, os riscos para a inflação continuam elevados porque a demanda interna está "robusta" (mesmo considerando os fatores sazonais).
O objetivo da elevação é evitar que a procura por bens acima da oferta provoque elevações de preços.
De acordo com o Procon-SP, o processo de elevação da taxa básica de juros (Selic) já mostra reflexos no custo do crédito para o consumidor final."Cabe ao consumidor evitar o crédito neste momento, planejando seus gastos de modo a não comprometer seu orçamento", destaca o órgão.